APRENDER COM A
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Em Moscovo, a
22 (9) de Janeiro de 1905 eclode uma revolução. Faltam 12 anos para 1917.Na
grande mãe Rússia a crise económica atinge sobretudo o proletariado e o
campesinato.
Os estudantes
já se tinham manifestado em Moscovo, Kharkov e Kiev em 1901.
A greve de
Rostov em 1903 prepara um terreno de agitação no qual se irá alicerçar a acção
dos comités revolucionários.
Esta acção
representa um salto qualitativo crucial na luta política do proletariado: as
reivindicações deixam de ser profissionais e passam a ser políticas.
A tensão
social acentua-se e o governo czarista, impotente, vacila. Prefiguram-se os
acontecimentos de 1917.
Revoltas
camponesas, motins militares e o nascimento dos sovietes de marinheiros e
operários em São Petersburgo e em Moscovo que tentam organizar um poder
político, marcam os últimos meses de 1905.
Enquanto o
soviete de São Petersburgo (dominado pelos mencheviques e presidido por
Trotsky) constitui um governo revolucionário, o de Moscovo decreta a
insurreição popular armada. Será esmagado pelo exército czarista em Dezembro.
Uma feroz
repressão faz recuar o movimento contestatário, mas a revolução já está
inexoravelmente em marcha.
A partir de
1910 o movimento operário reconstitui-se e leva atrás de si, em 1912, uma massa
de mais de 700000 trabalhadores, entre os quais uma élite politizada que segue
as palavras de ordem dos partidos revolucionários.
As greves e
as manifestações operárias, como as revoltas camponesas, revelam o carácter
político de uma agitação organizada favorecida pelos excessos de poder.
As vanguardas
revolucionárias têm então um fim no horizonte – a tomada do poder!
Lenine é
sábio na elaboração da estratégia. Está consciente daquilo que aprendeu em Marx
e com a prática. É inexorável a tomada do poder. Haverá certamente avanços e
recuos, a luta será encarniçada e muitas vezes dolorosa.
Terá que se
lutar para vencer a ditadura da burguesia (hoje chamam-lhe jocosamente
“democracia”) e abrir caminho ao poder proletário, à “ditadura do
proletariado”, à “democracia popular”.
A criação de
condições subjectivas e objectivas vai muito para além das reivindicações
laborais e da manifestação do descontentamento das massas populares.
Existe no
POSDR a clara consciência da necessidade do salto reivindicativo: as
reivindicações deixarem de ser profissionais e passarem a ser políticas.
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