terça-feira, 25 de junho de 2013


APRENDER COM A HISTÓRIA, APRENDER, APRENDER SEMPRE!!!


Em Moscovo, a 22 (9) de Janeiro de 1905 eclode uma revolução. Faltam 12 anos para 1917.Na grande mãe Rússia a crise económica atinge sobretudo o proletariado e o campesinato.
Os estudantes já se tinham manifestado em Moscovo, Kharkov e Kiev em 1901.
A greve de Rostov em 1903 prepara um terreno de agitação no qual se irá alicerçar a acção dos comités revolucionários.
Esta acção representa um salto qualitativo crucial na luta política do proletariado: as reivindicações deixam de ser profissionais e passam a ser políticas.
A tensão social acentua-se e o governo czarista, impotente, vacila. Prefiguram-se os acontecimentos de 1917.
Revoltas camponesas, motins militares e o nascimento dos sovietes de marinheiros e operários em São Petersburgo e em Moscovo que tentam organizar um poder político, marcam os últimos meses de 1905.
Enquanto o soviete de São Petersburgo (dominado pelos mencheviques e presidido por Trotsky) constitui um governo revolucionário, o de Moscovo decreta a insurreição popular armada. Será esmagado pelo exército czarista em Dezembro.
Uma feroz repressão faz recuar o movimento contestatário, mas a revolução já está inexoravelmente em marcha.
A partir de 1910 o movimento operário reconstitui-se e leva atrás de si, em 1912, uma massa de mais de 700000 trabalhadores, entre os quais uma élite politizada que segue as palavras de ordem dos partidos revolucionários.
As greves e as manifestações operárias, como as revoltas camponesas, revelam o carácter político de uma agitação organizada favorecida pelos excessos de poder.
As vanguardas revolucionárias têm então um fim no horizonte – a tomada do poder!
Lenine é sábio na elaboração da estratégia. Está consciente daquilo que aprendeu em Marx e com a prática. É inexorável a tomada do poder. Haverá certamente avanços e recuos, a luta será encarniçada e muitas vezes dolorosa.
Terá que se lutar para vencer a ditadura da burguesia (hoje chamam-lhe jocosamente “democracia”) e abrir caminho ao poder proletário, à “ditadura do proletariado”, à “democracia popular”.
A criação de condições subjectivas e objectivas vai muito para além das reivindicações laborais e da manifestação do descontentamento das massas populares.
Existe no POSDR a clara consciência da necessidade do salto reivindicativo: as reivindicações deixarem de ser profissionais e passarem a ser políticas.



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