quinta-feira, 27 de junho de 2013

QUEM LUTA PODE PERDER OU GANHAR,
QUEM NÃO LUTA PERDE SEMPRE!

Temos ouvido amiudadas vezes esta frase proferida pelo Secretário-Geral do PCP.
Sábias palavras!

Poderemos metaforizá-la: “Não há Pai Natal, as vitórias não nos caem como moscas no prato da sopa”.

Mas necessitamos de a analisar e de a aprofundar.

 

LUTA? QUE LUTA? COMO?

O desemprego grassa em Portugal, mas já não se trata de reivindicar do poder burguês a reconfiguração da sua política numa política de pleno emprego. Torna-se estéril pedir, ou mesmo exigir do poder: “mãezinha, cria uma política de pleno emprego para os teus filhinhos que sofrem a chaga do desemprego”. A prossecução de uma política de pleno emprego só poderia ser concretizada através da tomada do poder pelo proletariado, da instauração da “ditadura do proletariado”.

Em Portugal luta-se pelo direito a um serviço de saúde para todos. Mas será estéril pedir, ou mesmo exigir ao governo da burguesia: “mãezinha, cria um SNS para os teus filhinhos que a ele não têm acesso”. Um SNS que abarque toda a população só poderá ser concretizado através da tomada do poder pelo proletariado, da instauração da “ditadura do proletariado”.

Em Portugal luta-se por um ensino universal e gratuito, pela “cultura integral do indivíduo” (Bento de Jesus Caraça), mas será estéril pedir, ou mesmo exigir ao governo da burguesia uma reconfiguração popular da política de ensino: “mãezinha, cria uma política de ensino popular para todos os teus filhinhos que não têm acesso à cultura e ao ensino”. Uma Reforma Geral e Democrática do Ensino só poderá ser concretizada através da tomada do poder pelo proletariado, da instauração da “ditadura do proletariado”.

Em Portugal luta-se pela melhoria das condições de vida dos trabalhadores e do povo em geral, por uma política salarial e social que permita a subsistência digna e feliz para todos, mas será estéril pedir, ou mesmo exigir ao governo da burguesia uma reconfiguração popular da sua política social: “mãezinha, cria uma política social justa e equitativa para todos os teus filhinhos, para que possam ser felizes”. A melhoria das condições de vida dos trabalhadores e do povo em geral, uma política salarial e social que permita a subsistência digna e feliz para todos só poderá ser concretizada através da tomada do poder pelo proletariado, da instauração da “ditadura do proletariado”.

Poderiamos continuar um rol de etcetras e a resposta seria sempre a mesma: “a tomada do poder pelo proletariado, portanto da instauração da ditadura do proletariado”.

Mas não vale a pena ir mais longe. Os objectivos são formulados de forma muito clara no Relatório do Secretário-Geral ao Sexto Congresso do PCP e, antes disso, no Manifesto de 21 de Fevereiro de 1848.

É a tomada do poder que não pode ser apagada dos horizontes do proletariado.
Se assim não for, o proletariado não passará de mais um actor no espectáculo montado pela burguesia para a manutenção e reprodução do status quo que ela própria criou enquanto classe revolucionária em 1789 e que, desde então tem aprofundado e desenvolvido.

O proletariado encabeçado pela sua vanguarda revolucionária tem uma tarefa histórica que aprendeu com os ensinamentos de Outubro: tomar o poder, instaurar uma sociedade socialista rumo ao comunismo.

No cumprimento da sua tarefa histórica, o proletariado e as suas vanguardas têm que abandonar o palco do espectáculo montado pela burguesia.
O proletariado é a
classe da consciência, da revolução, da tomada do poder, da instauração de um regime igualitário e justo para o bem de todos.

E É ESTA A LUTA!
A luta que poderemos ganhar... se lutarmos, se, e só se lutarmos.

Porque é fundamental estarmos plenamente conscientes de que:

Messias, Deus, chefes supremos,
Nada esperemos de nenhum!
Sejamos nós quem conquistemos
A Terra-Mãe livre e comum!
Para não ter protestos vãos,
Para sair deste antro estreito,
Façamos nós por nossas mãos,
Tudo o que a nós diz respeito!


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